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Não é à toa que na era neolítica, por volta de 25.000 anos antes Cristo, verificamos talvez, a primeira e mais radical revolução na vida desse ser que, a partir de então, muda totalmente a forma de pensar, sendo uma das causas, a simples possibilidade de construir e fixar moradia.
Já no século XVIII, na Inglaterra, inicia-se a segunda grande revolução humana, quando a arquitetura passa a ser foco de maior interesse já que os centros urbanos necessitavam de construções que abrigassem um grande número de pessoas envolvidas com a Revolução Industrial.
Ao final do século XIX, o estilo Art Nouveau imprimia delicadas curvas à arquitetura de então. Não durou muito, a produção em série e a funcionalidade passaram a reger as artes aplicadas onde o design relacionava a forma à função, aos materiais empregados e ao modo de produção.
No início do século XX, mais precisamente no ano de 1919 em Weimar na Alemanha, foi fundada a Staatliches Bauhaus (Casa estatal de arquitetura) pelo arquiteto alemão Walter Gropius que, a partir de um manifesto, pregava que a “arquitetura é a meta de toda a atividade criadora” e que a verdadeira fonte de inspiração vem da competência técnica.
Interessado em unir as artes ao artesanato e às suas possibilidades técnicas, Gropius estimulava a pesquisa, a interdisciplinaridade e a livre criação embasadas nos acontecimentos sócio-culturais da modernidade.
De várias nacionalidades, os famosos professores, Lyonel Feininger, Johnnes Itten, Paul Klee, László Moholy-Nagy, Gerhard Marcks Wassili Kandinski, entre outros, eram recrutados entre os cubistas, abstracionistas e, posteriormente, entre os concretistas, o que resultou em uma linguagem multicultural, expressa com volumes definidos e superfícies limpas, essencialmente funcionalista, apropriada à produção em massa.
Em 1925, por questões políticas, a Bauhaus foi transferida para Dessau e de lá para Berlim, onde foi fechada pelos nazistas em 1933. Em 1937 Moholy-Nagy cria em Chicago a New Bauhaus empregando, a partir daí, mestres de todo o mundo, gerando uma multiplicidade de estilos.
A Bauhaus primou pela simplicidade em estilo e forma, expondo a genialidade de conteúdos atemporais que nortearam a arquitetura e o design do século XX, deixando para a atualidade o legado da adequação funcionalista.
Déia Francischetti
UniCEUB em Revista – Ano VI - 06/2005 – Nº 21
Arte e diagramação: alunos do curso de Comunicação Social do UniCEUB
Arte e diagramação: alunos do curso de Comunicação Social do UniCEUB