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Com técnicas muito pessoais e nada acadêmicas, sonhadores pescam do inconsciente coletivo imagens referenciais próprias e traçam mundos ricos em fauna e flora, coloridos em estilo, forma e conteúdo, onde cada um de nós pode reestruturar a sua realidade a partir de uma decodificação inteiramente descompromissada com o “correto”.
São superfícies onde a ilusão de óptica fica por conta de acharmos que o paraíso é aqui e a falta de perspectiva revela outros ângulos da visão de mundo abrindo janelas para o imaginário.
Embora tenha grandes representantes na França, Itália e Haiti, parece a mais brasileira das artes talvez pela simplicidade graciosa e alegria escancarada em representar o que verdadeiramente somos.
Naïfs e Primitivistas são contadores de “causos”, gente como Antônio Poteiro, Cardosinho, Chico da Silva... Gente de nome simples, nada formal. Poetas do cotidiano como Heitor dos Prazeres, parceiro de Noel Rosa que, do pierrô apaixonado que acabou chorando, preferiu viver cantando e colhendo, da rudeza da vida, apenas o belo.
Creio ser uma arte de criança para crianças onde podemos, quase como numa brincadeira, trocar figurinhas estampadas com sonhos e ingenuidade.
Déia Francischetti
UniCEUB em Revista – Ano V - 10/2004 – Nº 17
Arte e diagramação: alunos do curso de Comunicação Social do UniCEUB
Arte e diagramação: alunos do curso de Comunicação Social do UniCEUB