3.1.09

Pop Art

Londres, meados da década de 50. Nascia a era pop e, com ela, um movimento inovador que romperia com a estética vigente, o expressionismo abstrato. A nova escola era a representação, por vezes bem-humorada e extremamente colorida, da industrialização.
Nela, não existiram características comuns aos seus singulares representantes e, apesar de ter surgido na Inglaterra, encontrou força maior nos Estados Unidos.
Latas de sopa Campbells, repetição de elementos, serigrafias de personalidades eternizadas como obras primas. Andy Warhol constatava em estética o consumo unificado.
Keith Haring representava a sua sexualidade e, por vezes, criticava a sociedade americana personificada no Mickey Mouse.
Roy Liechtenstein viajava em histórias em quadrinhos, balões de diálogo, contornos, cores chapadas e retículas ampliadas: comunicação séria com estética de faz de conta ou a industrialização da comunicação, a partir dos processos de impressão gráfica.
Por vezes, a tela e a tinta foram substituídas por materiais pouco comuns à arte e por objetos reais, provenientes do mercado de consumo. Desde embalagens até fotos tiradas com polaroids serviam de elementos estéticos e de forte conteúdo representativo da mensagem.
No Brasil, um artista que se destaca utilizando a Pop Art é Romero Brito. Natural de Recife-PE, Romero se mudou para Miami, lugar onde se tornou reconhecido pelo trabalho que desenvolve. Entre as obras produzidas, destacam-se também as ilustrações feitas para publicidade. Clientes como a vodka Absolut, sandálias Grandene e até o sabão em pó OMO invadiram a nossa praia de roupa nova, totalmente pop star.

Déia Francischetti e Sara Reis

UniCEUB em Revista – Ano V - 03/2004 – Nº 13
Arte e diagramação: alunos do curso de Comunicação Social do UniCEUB