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Naquele tempo, paredes relatavam. Hoje, pedem, reclamam, delatam, gritam...
O cenário caricato, multifacetário e colorido, expressa o grito popular, o anseio pela individualidade e as possibilidades de publicitar livremente uma ideologia anônima, refletindo a rua nas ruas.
Todos os dias os mesmos caminhos, os mesmos prédios, as mesmas placas, às vezes até os mesmos rostos. O Graffite intervém nessa rotina e, até que o sol castigue muito ou até que as próximas chuvas desabem, essas frágeis intervenções poéticas transformarão o verbo ver na atitude de enxergar manifestos urbanos pela força das formas, das cores e do conteúdo, onde partes do mundo podem ser produzidas, ampliando as possibilidades de simplesmente compreender.
Déia Francischetti
UniCEUB em Revista – Ano VI - 10/2005 – Nº 23
Arte e diagramação: alunos do curso de Comunicação Social do UniCEUB